sábado, 2 de outubro de 2010

S. Pedro Rates a Finisterre (2 a 5 Outubro 2010)

Depois da Travessia Norte de Portugal, esta seria a minha segunda aventura deste ano.
Escolhemos este caminho da costa por ser diferente daquilo que costumamos fazer.
A 1ª etapa seria a partir de S. Pedro de Rates até Mougas (La Guardia)
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quarta-feira, 30 de junho de 2010

DESCANSA EM PAZ


Neste dia recebi uma notícia que me deixou amargurado com a vida. Foi o desaparecimento do amigo e colega de longas viagens em autonomia, o padre José Carlos Veloso. Recordo nestas viagens os caminhos que percorremos juntos, os projectos que partilhamos juntos, os momentos de emoção que partilhamos juntos. E agora ele preferiu seguir viagem.

DESCANSA EM PAZ...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Travessia do Norte de Portugal


Dia 29 de Maio 2010, começou mais uma aventura, desta vez por terras lusas e de nuestros irmanos.

Esta travessia já estava prevista fazer este ano. Optámos por não fazer este ano nenhum dos caminhos de Santiago, por ser ano Jacobeo, e como tal muitos peregrinos. Assim, eu e mais o grupo que costuma participar nestas aventuras, decidimos que seria a Travessia do Norte de Portugal.
Desta vez vou optar por levar uma mochila em vez dos alforges. Isto porque na última travessia senti que os alforges me atrapalharam um pouco, principalmente nas partes mais técnicas, onde sentia a traseira da bicicleta descompensada em relação a frente. Consultados vários forum's, optei por comprar a mochila Deuter Trans alpine 30l, uma das melhores mochilas para mais de um dia, quer para trekking quer para mountain bike.

Em 2009, no caminho Norte e Primitivo levei a Cannondale Rize 4 com Lefty, excelente bicicleta para o tipo de percurso, que fiz uma bicicleta muito ágil e versátil, onde se aplicava nos trilhos mais técnicos e também quando era preciso rolar. Desta vez vou levar uma Cannondale RZ One Twenty. Apesar de ser um percurso exigente quer técnica quer fisicamente, opto por este modelo por ser mais leve e de ter menos curso, sendo assim uma bike mais versátil e roladora.

1ª Etapa - Rio do Onor - Vinhais - 29 de Maio 2010
Total-89,2km

Media geral-8,1km/h
Desloc. Méd.-10,9Km/h
Tempo de Desl.-8,10h
Parado-2,50h

Veloc. Max.-67km/h
Acumulado-2413mt


Era madrugada quando decidimos partir, para percorrer cerca de 300km de Braga até Rio de Onor. Em pleno Parque Natural de Montezinho, aldeia raiana dividida pela fronteira, sendo ainda uma aldeia comunitária. Tínhamos planeado sair pelas 9,00h. Após as despedidas e fotos da praxe, lá arranca-mos mais as respectivas montadas, Jorge Barrote (Cannodale RZOne Twenty), Zé Portela (Scott Ramson 20), Armando Paredes (Cannondale Jekyl 800), Flávio Silva (Scott Ramson 20), Joaquim Lopes (Lapierre Spicy 514) e o "caloiro" Eduardo Costa (Lapierre Zesty 516). Seria uma etapa para cerca de 90Km e um acumulado de aproximadamente 2500mt, entre Rio de Onor e Vinhais. Para começar não estava mal de todo. Saímos com tempo ameno, ora ameaçava chuva fraca ora abria o sol, estava mesmo bom para pedalarmos. Mas este tempo depressa se definiu, começando o sol a espreitar mais e começar a deixar as suas marcas, quer no esforço que nos estava a causar, quer no bronzear à "trolha". Nas paragens que íamos fazendo para comer íamos aplicando protector. À saída desta aldeia, o percurso apontava para noroeste, ou seja começávamos parte da travessia do lado espanhol, começando a subir até Stª Cruz de Abranes. A partir daqui iríamos percorrer parte da Serra de Calabor, para depois descermos até à aldeia que lhe dá o nome, por zonas a perder de verde. Logo de seguida já sem dar por ela, estávamos novamente do lado português, passando pelas minas de Portelo em pleno parque natural de Montezinho. Minas que ainda à bem pouco tempo foram notícia, por as suas areias escorrem para o rio Sabor. Estes escombros altamente tóxicos, arrastaram consigo areias carregadas de arsénio. Para chegarmos até ao alto, conhecido pelas quatro estradas, teríamos que subir e subir a um ritmo bem lento, e com sol a dar nas costas e a fome e sede apertar. Logo que atingimos estas quatro estradas, a partir daqui iríamos dar início a uma descida alucinante, mas antes ainda avistamos a aldeia de Montezinho ao longe, e continuamos a descida num serpentear até cruzarmos uma ponte sob o rio Sabor.














Depois desta ponte, ainda acompanhamos o rio Sabor, seguindo nas suas margens por um período largo. Bem que apetecia um banho, mas a jornada era longa e não podíamos estar para banhos. Ainda por cima, íamos novamente voltar a subir. Aliás, esta etapa seria a mais dura e com mais acumulado de todas desta travessia, mas disso não nos podíamos queixar, porque foi por comum acordo que fizemos esta alteração. Depois deste constante sobe descer, mesmo ao estilo de rompe pernas, chegamos à aldeia de Cova da Lua, mesmo à hora de se almoçar alguma coisa. Parece que adivinhámos, ao entrarmos pelo largo da aldeia, deparámos com um grelhador onde estavam a preparar umas "barriguinhas e costelinha", à entrada da casa do povo da aldeia. Tão depressa pensamos como nos cortaram a ideia. Perguntamos se havia algo para comer, ao que logo nos responderam de uma forma muito seca, que era só para quem trabalhou, é que nem umas minis. Excelente recepção. Bem só tivemos que tirar o resto das nossas sandes, fruta e barras energéticas para comer.
Como sempre estas paragens são breves, sem minis portanto, e ala que se faz tarde, temo
s muito para andar. Vilarinho seria a próxima aldeia, aqui a travessia passa mesmo junto à casa dos Marrões (séc. XVIII), com uma panorâmica fantástica, a descrever uma arquitectura senhorial, logo de seguida passamos por uma ponte romana sob o rio Baceiro. Belos são, os típicos e reconstruidos pombais nesta zona de Parâmio, aliás em todo o Montesinho, em forma circular e com o telhado em plano inclinado. A partir desta altura passamos a andar muito em zona de fronteira até Moimenta. Por esta altura já a fome corroía os estômagos, estava a escassear o abastecimento, era preciso comer algo de substancial, chega de barras energéticas. Chegados a Moimenta, procuramos um café que nos preparou umas bifanas. A partir daqui e recuperados das forças foi pedalar até Vinhais. Mas antes ainda tínhamos mais uma montanha para atravessar, a serra da Coroa. Muito próxima de Vinhais ainda passamos pelo parque biológico. Finalmente terminamos a etapa à hora prevista. Foi só procurar a residencial Cidadela Transmontana. Depois de nos instalarmos, lá fomos procurar um restaurante por indicação de um local. Boa referência, pois fomos bem servidos e atendidos, aliás gente simpática que gosta de receber bem. Adorei esta pequena e acolhedora vila transmontana. Agora não tenho desculpa para participar na famosa rota do Contrabando de Vinhais em BTT. Será desta forma que voltarei.















2ª Etapa - Vinhais - Chaves - 30 Maio de 2010
Total-84,4km

Media geral-8,1km/h
Desloc. Méd.-10,8Km/h

Tempo de Desl.-7,49h
Parado-2,33h
Veloc. Max.-49km/h
Acumulado-1954mt


Recuperados do dia anterior, partimos cedo para tentar chegar outra vez cedo. Procuramos onde nos abastecer para a etapa num mini-mercado, com o suficiente para nos prepararem umas sandes e fruta. Nesta etapa iríamos ter uma travessia com a passagem por dois rios, o Rabaçal em Gestosa e o Mente em São Jumil, onde teríamos de subir depois destes para perfazer o acumulado da etapa. Foi uma etapa que apesar de ter pouca vegetação mesmo assim tinha alguma beleza. Passamos por muitas aldeias onde muitas delas pareciam abandonadas, sem viva alma, talvez estivessem para os campos nas suas tarefas, mas também é uma zona de muita emigração e isso nota-se pelas construções. Já perto de chaves avistava-se o castelo medieval de Monforte, que se ergue sobre uma das escarpas da serra do Brunheiro, em posição dominante sobre a povoação e a ribeira de Águas Livres. A partir daqui, com uma descida até Faiões, foi fácil e rápida a chegada até ao hotel Petrus em Chaves. Seria o culminar de mais uma etapa dura mesmo do tipo rompe pernas, onde o sobe e desce foi uma constante. Mas a etapa não acabaria sem a parte da degustação. Depois de procurarmos, paramos em frente a uma pequena taberna a "Taberna Benito", onde habitualmente os funcionários do casino de Chaves jantam. A ementa foi-nos sujerida, e muito bem pela proprietária, a saber: "maminha", e que não era mais que carne muito tenra.











3ª Et
apa - Chaves - Montalegre - 31 Maio de 2010
Total-71,5km

Media geral-6,8km/h
Desloc. Méd.-10,0Km/h

Tempo de Desl.-7,10h
Parado-3,20h
Veloc. Max.-51,3km/h
Acumulado-1740mt


Foi um amanhecer cedo, para percorrermos mais uma etapa que se esperava dura, mas ainda assim menos dura que as duas anteriores. A primeira tarefa seria procurar onde nos abastecermos, pelo menos para a parte da manha. Na véspera consultamos a meteorologia, e perspectivava-se um dia solarengo, dai que deveríamos aplicar bastante protector solar.

4ª Etapa - Montalegre - Lobios - 1 Junho 2010
Total-68,3km
Media geral-7,6km/h
Desloc. Méd.-10,9Km/h

Tempo de Desl.-6,15h
Parado-2,41h
Veloc. Max.-47km/h
Acumulado-1466mt


5ª Etapa - Lobios - Castro Laboreiro - 2 Junho 2010
Total-39,2km
Media geral-6,0km/h
Desloc. Méd.-9,8Km/h

Tempo de Desl.-3,58h
Parado-2,34h
Veloc. Max.-46,8km/h
Acumulado-1078mt



6ª Etapa - Castro Laboreiro - Arcos Valdevez 3 Junho 2010
Total-58,4km
Media geral-8,4km/h
Desloc. Méd.-11,6Km/h

Tempo de Desl.-5,01h
Parado-1,55h
Veloc. Max.-59,6km/h
Acumulado-920mt


7ª Etapa - Arcos Valdevez - Caminha - 4 Junho 2010
Total-89,5km
Media geral-8,5km/h
Desloc. Méd.-13,7Km/h

Tempo de Desl.-6,31h
Parado-4,03h
Veloc. Max.-60,9km/h
Acumulado-1751 mt


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